O polêmico gene gay

A relação entre genética e homossexualidade vive sendo provada e contestada. Agora, o maior estudo sobre o assunto quer responder: é possível nascer homossexual?
Pablo Nogueira

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Imagine que a ciência desenvolva um teste capaz de detectar quais recém-nascidos poderiam se tornar homossexuais. Saber disso tornaria a sociedade mais tolerante com as minorias sexuais? À medida que avança a investigação sobre as bases naturais da orientação sexual humana, essa questão ética permanece como pano de fundo.
Há quase duas décadas, psicólogos, geneticistas e neurologistas vêm coletando amostras das dife-renças biológicas entre héteros e homossexuais, que passam pela influência da genética (o irmão gêmeo de um gay tem mais chance de ser também), habilidades manuais (gays de ambos os sexos têm mais chances de serem canhotos) e cognitivas (lésbicas têm um raciocínio de rotação espacial melhor do que as héteros). Ainda falta estabelecer uma teoria unificada que dê sentido a todos os dados coletados.
Mas um grande estudo em andamento, cujos primeiros resultados saem em 2008, promete ajudar a juntar as peças do quebra-cabeça e apresentar as mais fortes evidências de que alguém possa, sim, nascer gay. Ou hétero.
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