Claudia Raia arrasa em Cabaret e faz o musical mais gay de 2011



Ninguém mais duvida que Claudia Raia é a mulher mais viado do Brasil, e só ela mesma para fazer o musical mais gay do ano em terras brasileiras. Se “Cabaret” já é um ícone gay há anos, Claudia traz ao Brasil uma leitura ousada com direito a beijo gay em uma versão do texto original de 1966 de Joe Masteroff, feita por ninguém menos do que Miguel Falabella. No palco, a diva canta, dança e atua – tudo muito bem, com um corpaço e casa lotada em São Paulo, no Teatro Procópio Ferreira.
Em cartaz de quinta a domingo, no 10º musical de sua carreira ela vive sob a direção de José Possi Neto (“New York, New York”) a dançarina e cantora de cabaré Sally Bowles, estrela máxima do Kit Kat Club de Berlim em 1931. No Ano Novo, ela conhece o recém-chegado aspirante a escritor Cliff Bradshaw (Guilherme Magon), homossexual meio enrustido que também se envolve com Sally. O segredo dele é revelado pelo dançarino Wolf, que já conhecia o rapaz do bar Rouxinóis de Londres, um lugar onde quem vai já diz o que gosta.

É entre os dois que rola o beijo cheio de desejo em um dos cantos menos movimentado do Kit Kat Club, um lugar onde as meninas são bem safadinhas e têm habilidades inusitadas (e gostosas) e os meninos usam salto alto, jogam cabelão, arrasam na coreô e não dispensam uma boa meia-arrastão. O grande destaque entre eles é o Mestre-de-Cerimônias (MC), em uma interpretação enérgica (confira vídeos abaixo) de Jarbas Homem de Mello em trajes deliciosamente sumários cobrindo um corpo musculoso esculpido.

Em um dos números, MC aproveita o clima de tensão do início do nazismo na Alemanha para falar sobre um amor impossível por causa do preconceito das pessoas, o dele por uma macaca que é judia. Se você pensou no amor entre duas pessoas do mesmo sexo e a série de ataques que ele provoca por parte de setores mais conservadores acertou em cheio. Inesperado também o amor entre Cliff e Sally, que acaba engravidando do rapaz e coloca o casal em uma situação desesperadora dada a realidade financeira nada boa dos dois.

Entre um gole de gim e outro, Sally, que diz comer os homens, vê sua carreira perto do fim com a maternidade e fica dividida entre voltar com Cliff para o país dele, os Estados Unidos, ou fazer mais um aborto em sua vida e continuar brilhando no Kit Kat Club. Tudo isso acompanhado de perto por olhos atentos de um teatro lotado de senhoras, senhores, casais heterossexuais e, claro, o cativo público gay de Claudia.

Com pencas de bailarinos de lingerie no palco fazendo o melhor do carão, um personagem gay principal na trama que ousa beijar outro homem no palco e figurinos exuberantes exigidos por toda boa diva como Claudia (um deles tem cerca de 20 mil cristais), “Cabaret” é o musical mais gay do ano e promete fazer parte da invasão ultracolorida dos palcos brasileiros completada por “Priscilla, a Rainha do Deserto”, que estreia em São Paulo em de março de 2012. Tem que ver.
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