Militar que assumiu relação gay pede aposentadoria do Exército

O segundo-sargento Laci Marinho de Araújo, 39 anos, que assumiu a condição de homossexual e  tem uma relação estável de 13 anos com outro militar, ingressou nesta quinta-feira (29) com pedido de aposentadoria do Exército.

Araújo deu entrada no pedido com base em uma "ata de inspeção de saúde" do próprio Exército, na qual é considerado “incapaz definitivamente" para o serviço militar.

O Comando Militar do Planalto informou que, depois da tramitação do pedido, a aposentadoria do militar pode ser publicada em até 60 dias no "Diário Oficial da União".

A história de Araújo e do companheiro dele, Fernando Alcântara de Figueiredo, 38 anos, também segundo-sargento, foi revelada pela revista "Época", em maio de 2008. Na ocasião, ele já estava afastado do Exército por problemas de saúde.

Araújo chegou a ser preso, acusado de deserção do serviço militar. Durante esse período, sofreu com crises de depressão. Araújo e Figueiredo argumentam que as crises foram agravadas, em parte, pelo preconceito que dizem ter sofrido em razão da relação homossexual.

O laudo que permitiu ao militar pedir a aposentadoria afirma que Araújo tem “transtornos mentais”, "disfunção cerebral", “transtorno misto ansioso e depressivo”, "epilepsia" e "outras reações ao estresse grave".

O laudo, assinado por três militares, não o considera “inválido”. Por esse motivo, a aposentadoria, segundo Araújo, deve ser concedida de forma proporcional pelo Exército, de acordo com o tempo de serviço.

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